Mãos, mãos negras que em vós estou pensando.
Mãos Zimbabwe ao largo do Índico das pandas velas
Mãos Mali do sono dos historiadores da civilização
Mãos Songhai episódio bolorento dos Tombos
Mãos Ghana de escravos e oiro só agora falados
Mãos Congo tingindo de sangue as mãos limpas das virgens
Mãos Abissínia levantadas a Deus Nos altos planaltos:
Mãos de África, minha bela adormecida, agora acordada pelo relógio das balas!
Mãos, mãos negras que em vós estou sentindo!
Mãos, mãos pretas que em vós estou chorando!
excerto de um poema de Francisco José Tenreiro
São Tomé e Príncipe
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