quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

DIVULGAR A PINTURA DE MALANGATANA

Foi pastor de gado, aprendiz de nyamussoro (médico tradicional), criado de meninos, apanhador de bolas e criado no clube da elite colonial de Lourenço Marques. Tornou-se artista profissional em 1960, graças ao apoio do arquitecto português Miranda Guedes (Pancho) que lhe cedeu a garagem para atelier.


Foi um dos percursores do Movimento para a Paz e pertence à Direcção da Liga de Escuteiros de Moçambique. É um dos criadores de Museu Nacional de Arte e procurou manter e dinamizar o Núcleo de Arte (associação que agrupa os artistas plásticos).
Muito ligado à criança, tem também colaborado intensamente com a UNICEF. Impulsionador, no passado, de um projecto cultural para a sua terra natal -Matalana, Marracuene -, retoma-o logo que a guerra termina, criando-se assim a Associação do Centro Cultural de Matalana - projecto de desenvolvimento integrado das populações -, de cujo grupo fundador Malangatana fez parte, tendo sido presidente da Direcção.



Desde 1959 participou em exposições colectivas em várias partes do mundo para além de Moçambique nomeadamente África do Sul, Angola, Brasil, Bulgária, Checoslováquia, Cuba, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Holanda, índia, Islândia, Nigéria, Noruega, Paquistão, Portugal, RDA, Rodésia, Suécia, URSS e Zimbabwe. A partir de 1961 realizou inúmeras exposições individuais em Moçambique e ainda na Alemanha, Áustria, Bulgária, Chile, Cuba, Estados Unidos, Espanha, Índia, Macau, Portugal e Turquia. Tem murais pintados ou gravados em cimento em vários pontos de Maputo e na Beira, na África do Sul, no Chile, na Colômbia, nos Estados Unidos da América, na Grã-Bretanha e na Suécia.

A sua obra, para além dos murais e das duas esculturas em ferro instaladas ao ar livre é composta por Pintura, Desenho, Aguarela, Gravura, Cerâmica, Tapeçaria, Escultura e encontra-se (exceptuando a vastíssima colecção do próprio artista) em vários museus e galerias públicas, bem como em colecções privadas espalhadas pelos quatro cantos do Mundo. Malangatana inaugurou recentemente em Évora, no Palácio D. Manuel, a exposição retrospectiva dos 50 anos da sua obra, que, segundo o responsável, revela a sua "dimensão estético-artística e o compromisso que assumiu com os valores do humanismo".
Para Malangatana, a exposição foi "uma forma de agradecimento à Universidade de Évora pela entrega do doutoramento honoris causa, e eu senti que devia mostrar parte do meu trabalho".

por OlindaGil

1 comentário:

  1. Olá Olinda!

    É um prazer ver-te por aqui. Obrigada pelo teu precioso contributo. Precisamos de ti e de todos quantos enriquecem este blog.

    Talvez nos vejamos também por outros lados... :)
    Um beijinho grande

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