Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP

05 de maio foi o dia escolhido pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP para comemorar o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura.

A CPLP é uma organização que foi criada para promover a aliança e a integração entre os países lusófonos.

No sentido de contribuir para a divulgação da Língua de Camões, deixamos aqui algumas propostas de eventos, nos quais poderá participar:

- O Secretariado Executivo da Comunidade de Países de Língua portuguesa (CPLP) vai promover o colóquio «Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP», em Lisboa.Este evento acontece para comemorar a data que foi definida no XIV Conselho de Ministros da CPLP, realizado em Junho de 2009, em Cabo Verde, como Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP, o dia 5 de Maio.
Pelas 9h30, na Sociedade de Geografia de Lisboa, os oradores Adriano Moreira, Ana Paulo Laborinho, Vitor Ramalho, Aguinaldo Jaime e Carlos B. Ferreira farão as suas intervenções, moderados pelo embaixador António Monteiro.

- O Instituto Camões vai igualmente comemorar esta data, com uma exposição bibliográfica de autores de língua portuguesa traduzidos. Esta quinta-feira, entre as 18h00 e as 19h00, serão lidos textos de autores da CPLP e vai decorrer um sarau musical com poemas, por Manuel Freire.

- A Feira do Livro celebra o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP com um debate sobre a língua portuguesa e o Museu do Oriente, é palco para a iniciativa «Se estas paredes falassem».

Tarefa difícil escolher um poema para assinalar este dia!
Assim, porque o projecto resulta da entrega e generosidade de tantos deixamos aqui: "Tenho Tanto Sentimento", de Fernando Pessoa:

Tenho Tanto Sentimento

Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"