Uma amiga crescida da nossa turma,que trabalhou connosco no Projecto TecLAR, chamada Elisa, escreveu-nos a contar sobre o seu Natal em Terras de Moçambique. Escrevemos aqui no Blogue de África o e-mail que ela nos enviou.
O Meu Natal em terras de Moçambique
Quando eu era criança, vivia num País muito grande e distante de Portugal e que se chama MOÇAMBIQUE.
O mês de Dezembro é o mais quente do Ano, ao contrário daqui (sempre mais de 30º); eu nem sabia o que era o frio do Inverno e muito menos o que era a neve, pois naquele País, só há duas Estações do Ano.
São apenas os Cristãos que celebram o Natal, pois em Moçambique há muitos Muçulmanos, e portanto não têm a festa de Natal, já que a religião deles é diferente e não celebram o nascimento de Jesus.
Como não tínhamos lareiras, as crianças colocavam “um sapatinho” debaixo da chaminé da cozinha, pois os nossos pais diziam-nos que o Menino Jesus durante a noite de 24 para 25, descia pela chaminé e colocava lá um presentinho (não eram muitos, mas ficávamos muito felizes). Habitualmente eram umas roupas novas para usarmos no dia 25 na Missa de Natal. Não se falava no “Pai Natal”, já que este não faz parte da nossa tradição de Católicos.
Como os Portugueses levaram para lá as nossas tradições, também se comia o bacalhau (que ia cá de Portugal, em grandes navios de longo curso) com batatas cozida e hortaliça, no jantar do dia 24 bem como as fatias douradas, as filhoses, e o pão-de-ló, em vez do Bolo-rei que também não se fazia, como agora. Ainda comíamos castanhas assadas no carvão, mas eram de caju, (um fruto típico daquele País). Eram deliciosas, podem crer, e nada têm a ver com “essas” que se vendem nos supermercados.
Também nos reuníamos em família (quem a tivesse lá), pois muitas pessoas estavam sós e então juntavam-se com os amigos, já que éramos todos muito unidos, vivendo como se fossemos uma família.
Ao recordar estes momentos, lembro-me agora de que os meus pais tinham um grande amigo que até me ensinou a dançar, a quem eu chamava de tio (pois eu não conhecia os meus tios verdadeiros).
Elisa Pinto
Quando eu era criança, vivia num País muito grande e distante de Portugal e que se chama MOÇAMBIQUE.
O mês de Dezembro é o mais quente do Ano, ao contrário daqui (sempre mais de 30º); eu nem sabia o que era o frio do Inverno e muito menos o que era a neve, pois naquele País, só há duas Estações do Ano.
São apenas os Cristãos que celebram o Natal, pois em Moçambique há muitos Muçulmanos, e portanto não têm a festa de Natal, já que a religião deles é diferente e não celebram o nascimento de Jesus.
Como não tínhamos lareiras, as crianças colocavam “um sapatinho” debaixo da chaminé da cozinha, pois os nossos pais diziam-nos que o Menino Jesus durante a noite de 24 para 25, descia pela chaminé e colocava lá um presentinho (não eram muitos, mas ficávamos muito felizes). Habitualmente eram umas roupas novas para usarmos no dia 25 na Missa de Natal. Não se falava no “Pai Natal”, já que este não faz parte da nossa tradição de Católicos.
Como os Portugueses levaram para lá as nossas tradições, também se comia o bacalhau (que ia cá de Portugal, em grandes navios de longo curso) com batatas cozida e hortaliça, no jantar do dia 24 bem como as fatias douradas, as filhoses, e o pão-de-ló, em vez do Bolo-rei que também não se fazia, como agora. Ainda comíamos castanhas assadas no carvão, mas eram de caju, (um fruto típico daquele País). Eram deliciosas, podem crer, e nada têm a ver com “essas” que se vendem nos supermercados.
Também nos reuníamos em família (quem a tivesse lá), pois muitas pessoas estavam sós e então juntavam-se com os amigos, já que éramos todos muito unidos, vivendo como se fossemos uma família.
Ao recordar estes momentos, lembro-me agora de que os meus pais tinham um grande amigo que até me ensinou a dançar, a quem eu chamava de tio (pois eu não conhecia os meus tios verdadeiros).
Elisa Pinto
Sem comentários:
Enviar um comentário