Mãe!
Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei!
Traze tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue! verdadeiro, encarnado!
Mãe!
Passa a tua mão pela tua cabeça!
Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens!
Eu vou viajar. Tenho sede!
E prometo saber viajar.(...)
Mãe!
ata as tuas mãos às minhas e dá um nó cego muito apertado!
Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero ter um feitio, um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.
Mãe!
Quando passas a tua mão na
Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei!
Traze tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue! verdadeiro, encarnado!
Mãe!
Passa a tua mão pela tua cabeça!
Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens!
Eu vou viajar. Tenho sede!
E prometo saber viajar.(...)
Mãe!
ata as tuas mãos às minhas e dá um nó cego muito apertado!
Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero ter um feitio, um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.
Mãe!
Quando passas a tua mão na
minha cabeça é tudo tão verdade!
Almada Negreiros in Rosa do Mundo
Almada Negreiros in Rosa do Mundo
O dia da mãe e uma coisa muito bonita
ResponderEliminarDiogo
7ºC
Surpreendo-me,comovo-me sempre com os nossos poetas.
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